UMA SOCIEDADE LADEIRA ABAIXO

Notícia singela, hoje, num site de projeção, nos informa que um rapaz estuprara sua própria mãe, lá para os lados de Brasília.

A MÃE DO CAMARADA!

Coisa mais horrenda, penso que somente pode ser o estupro de vulnerável, porque vai deixar marcas indeléveis naquela personalidade em formação. Fora isso, trata-se de algo odioso, desprezível e condenável até onde me lembro em qualquer sociedade humana. Penso que nem o assassinato, "de per si" se equipara em maldade.

Mas isso nem teria a ver com nosso blog. É algo para sites policiais, de psicologia, sei lá...

Mas resolvi escrever a respeito pela proximidade daquele lamaçal. Me refiro ao Distrito Federal e suas circunjacências.

O cometimento do ilícito não fica assim, insólito. Tem conexões com antecedência comportamental, terá reflexos em outras áreas de comportamento do delinquente e, principalmente, produzirá efeito multiplicativo junto aos pares do criminoso, ou nas gerações em desenvolvimento.

Nossa gente brasileira, de maneira geral, não tem cultura, é fato. Além de não termos ao longo dos séculos cultivado o hábito - tão atraente em outras culturas - de se abeberar nas fontes tradicionais de seus antecessores, não lhes é dada muita chance de iniciarem contato com a cultura e suas manifestações (me refiro a coisas que fazem diferença, não exatamente bailes funk, ou resgate de cultos animistas, nem proteção da língua indígena...), até mesmo pelo custo altíssimo -estou falando de dinheiro para ingressos, mesmo - de se acessar a cultura. E além do preço, não há o interesse com isso, fruto do esvaziamento dos processos educacionais que temos hoje em dia.

O que temos? Nossa gente vai atrás de seus heróis!

Escrevo isso, porque é necessário que se inicie LOGO movimento no meio de nossas cabeças pensantes, no sentido de eles próprios se policiarem, para que seja passado adiante exemplo comprometido com o comportamento minimamente aceitável. Essa responsabilidade precisa existir. Sigam meu raciocínio.

É necessário que nossos líderes legislem sobre essas coisas horrorosas, para que elas passem a ser mesmo EXCEÇÕES absolutas, e eventualmente inexistam, no longo prazo.

A dificuldade é grande, eu sei. Em nome do mercantilismo, pessoas expoem seus corpos e vidas íntimas - coisas de uma pobreza ridícula, como por exemplo a famosa pergunta de programas de auditório "Quando foi a tua primeira vez?". EI, PESSOAS... isso é íntimo. Vocês estão passando aos expectadores que é normal comentarem sem rebuços de suas "metidinhas" (perdão pela impropriedade).

Não é só isso. Produções sem temática definida vão às salas teatrais e de cinema, e não se cuida do que vai sendo passado para o público. Naturalmente, isso regado a alentadas verbas públicas...

Pessoas como o Sr. "Cachoeira" é que ficam na crista da onda, pelo poder demonstrado - GENTE, como não se pensar em ser contraventor? Poderoso, rico, defendido por advogados famosos, o tempo todo num terninho sob medida... Vocês entendem que está havendo uma contra cultura, uma deseducação cívica e social do brasileiro médio?

Brasil - precisamos deixar de ser meros expectadores do teatro, e subir ao palco, para modificar o espetáculo!

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