POLÍTICA PELA POLÍTICA - OU A ARTE DO DESENCANTO
Ontem, um meu amigo, pensador contemporâneo,Vitor Oliveira*, estava ponderando sobre a relativa inutilidade de algumas manifestações. Pontuou particularmente o caráter inócuo de algumas revistas semanais, cujas capas trazem - número após número - declarações ou revelações bombásticas, que, afinal de contas, pouco efeito produzem, vez que dirigidas a um público já cativo e, destarte, ciente da maioria de tudo o que está sendo veiculado. Inócuo, pois, volto a repisar. O homem cunhou uma sentença que me chamou atenção - "a satisfação com o voto é algo que eu não acredito existir". E, em outra parte - "o eleitor do PT votará desencantado em sua candidata, assim como o eleitor da oposição votará em seu candidato TAMBÉM desencantado. Naturalmente, a frase estava no bojo de um curtíssimo debate, do qual transcrevi somente as "pérolas". Me fez pensar. E, naquela meia hora em que esperei o sono me acolher, estive matutando sobre o modelo brasileiro de se fazer p