DE MARCHINHAS DE CARNAVAL...
"Quanto riso, oh! Quanta alegria! Mais de mil palhaços no salão..." O Brasil se diverte. Se entretém na diversão dos alienados. Ou a diversão que, como uma bebida forte, é praticada para que se esqueçam dramas da vida. Chegamos ao Carnaval, essa insanidade pública a partir da qual o ano começa, sob a ótica brasileira. Mas... esperem! Enquanto esperávamos pelo reinado (passageiro, felizmente) de Momo, algumas coisas aconteceram! Certeza, ouvi ecos vindos de Utopia*! Moleques se aproveitaram dos olhos vendados de uma certa senhora, e lhe passaram a mão, despiram-lhe o colo... abusaram da vetusta - além de cegueta - anciã. Pessoas que não conseguem mirar um espelho sem corar, ao verem um sem-vergonha no reflexo, se preparam para "pular" em seu bloco, o bloco que habita Utopia, e tripudiar dos demais blocos... Mais doentes ainda se amontoam nos corredores de hospitais, mas os habitantes de Utopia não sofrem dessas coisas - eles tem hospitais de nomes sono