QUEM CULTUA A MORTE MERECE RECLAMAR DIREITO À VIDA?


Pode parecer contraditório o título da crônica, ou mesmo de radicalização absurda, sopesados os tempos modernos, de "respeito aos direitos humanos" (fazem-me rir os burocratas por trás disso).

Penso, entretanto, que merece reparo o "status quo" relacionado. Porque em paralelo com a evolução social que pretensamente se experimenta, nota-se uma involução comportamental que para se dizer pouco, é doentia.

Como encarar pessoas como Anders Behring Breivik (Noruega)? O que dizer do homem que entra numa escola, mata algumas pessoas, e se suicida (Tech University, Virginia, USA)? O que comentar dos terroristas que, explosivos amarrados a si, matam pessoas, por causas no mínimo discutíveis?

Nem precisa ir muito longe. Como encarar comportamentos de mandantes, como o Sr. Regivaldo Pereira Galvão (relacionado ao assassinato da missionária Dorothy Siang) ? Ou o que fizera o Sr. Hildebrando Pascoal (crimes com motosserra, imaginem!)?

O que esses agentes têm em comum é que CULTUAM A MORTE. Acalentam-na em suas mentes distorcidas como o meio preferencial de triunfarem em algum projeto (uns políticos, outros econômicos, ainda outros puramente pessoais). Tal como corruptos famosos usam o dinheiro para "limpar" o caminho à frente, essas pessoas veem a morte como uma ferramenta que utilizam a seu alvedrio.

Há ainda os traficantes e suas negociatas. Ora, pessoas, como se mata um cliente, simplesmente porque ele não pagou a conta? Isso é animalesco, bestial, hediondo mesmo. Que seja suspenso o fornecimento, e se aprenda com quem negociar! Mas matar?

Antigos códigos de justiça mandam "ao homicida não deixarás viver." Passando por Hamurabi, a Torah, a Lei das XII Tábuas... então, vem o homem do século XX, e na ingenuidade de supor que bestas humanas podem conviver com o resto dos mortais, se recusa a cortar o mal "pela raiz"!

O pacto de San José da Costa Rica, ao qual o Brasil está atado, por alguns pontos de vista acordados,  ao supostamente obstar a aplicação de penas capitais, priva o Direito pátrio de instrumento coator que, conquanto amargo, alguns diriam cruel, costuma ser eficiente onde a coisa é automática (Indonésia, alguns países árabes...) e me parece eficiente para alguns estados norte-americanos. Ponderem isso, senhoras e senhores... a nação reportada como uma das mais desenvolvidas da terra TEM PENA DE MORTE!

Não me agrada tirar a vida de outrem. Foge inclusive aos meus princípios religiosos. Entretanto, a meu ver alguém que costumeiramente mata deixou já a algum tempo de ter condição humana de viver e raciocínio - se tornou uma besta humana. E o que fazemos com bestas descontroladas (que muitas vezes confessam que não querem mudar de vida...) para a sociedade ter um mínimo de paz?

Sei não... muito criminoso furreca por aí iria pensar duas vezes se soubesse que há uma injeçãozinha esperando por ele, em caso de crimes hediondos.

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