JARDEL SEBBA E SUAS RAZÕES

Nepotismo. Delinquência comum entre nossos políticos. Delinquência porque a Lei capitulou dessa forma, e comum porque não me acode aqui algum estado onde isso já não tenha acontecido pelo menos uma vez.

O deputado Jardel, no conforto do poder de que foi investido, ao ser alçado à condição de presidente da Assembléia Legislativa, entendeu de fazer uma franquiazinha no meio de sua família, ué... Intenção e esperanças humanitárias... sua irmã, seu cunhado... Não foi feliz, o MP o está buscando.

Sr. Jardel, como é que um cargo de diretor financeiro pode revestir caráter político? O paralelo com secretário de estado é descuidado - o secretário assiste alguém, o diretor (e especialmente o financeiro) COMETE atos.

Caríssimo Sr. Sebba, o Sr. labora em erro lapidar. Mas como se não bastasse a clareza do tema, sem margem a interpretações dúbias, o maior erro de V.Excia. se comete diante dos eleitores que o escolheram para deputado. Note no segundo parágrafo - "sua" irmã, "seu" cunhado. O interesse da coletividade que se "exploda", não é mesmo, Excelência? Vamos privilegiar nossa gente (de casa).

Aplausos para o MP ao pescar do lodaçal político tal situação, e postular sua desconstituição. Essa moçada mais nova, no Ministério Público, está fazendo história, já. Talvez até tenham alguma motivação estranha, lá no fundo, mas estão cumprindo com suas obrigações, pelo que os saúdo.

Sr. Sebba, na próxima vez que colocar o ilustre cunhado a seu serviço, se assegure de que ele não passe da "assistência", que aí será fácil rotular de política.

Mas não o impinja à opinião pública - nem queira a aceitação dos brasileiros que já estão enojados dessas gracinhas políticas. Se o ilustre cunhado precisa de emprego, que o busque, ou faça concurso, sei lá. Não é justo cuspir na lei em nome de conceitos pessoais sobre ela. O mínimamente moral precisa ser preponderante. E não o que se interpreta no torcer da lei. Isso é imoral.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ESTUPIDEZ DE GENTE "CULTA"

JUSTIÇA RIDÍCULA - QUEM VAI DIZER QUE NÃO?

PATRULHA SOCIAL... QUAIS SÃO SEUS LIMITES?