O (DES)ACULTURAMENTO DE UM POVO


Parodiando uma frase boba, de efeito por aí... "queria experimentar ficar frustrado UMA VEZ na vida, porque todos os dias está difícil"...

A alienação geral, que tem assolado o país, não é fruto de algum "trabalho satânico" que apanharia desprevenidos a maioria dos brasileiros.

Há tres vertentes principais, de onde o desaculturamento e a alienação têm sido instilados nas veias da maioria de nossos brasileiros, notadamente as classes menos favorecidas e/ou aculturadas.

Em primeiro lugar HÁ SIM um esforço concentrado, fundado principalmente no trabalho daquele outro "fora da casinha" chamado Antonio Gramsci (anarquista italiano, já falecido, que erigiu a teoria da "hegemonia cultural", inclusive redigindo uma cartilha bastante minuciosa a respeito).

Pois bem - nossa sociedade, inculta de modo generalizado, inclusive novos ricos vindo de bons resultados financeiros, mas sem suporte cultural (como têm AINDA nossos irmãos norte-americanos de modo preponderante*), não se aperceberam que um "vírus" inteiramente novo e contra o qual não tinham imunidade começou a se disseminar nas universidades, escolas de graduação, e num efeito cascata (educadores instruídos num ambiente contaminado) foi tomando conta do ensino médio, e já alcança de forma preocupante o ensino fundamental.

Foi serenamente sendo infiltrada a doutrina marxista, pela receita eficiente - preciso reconhecer - do Sr. Gramsci.

Não por acaso, a orientação de não haver avaliação em alguns níveis escolares, ou a idéia estúpida, pervertida, de que "não importa como se escreva ou se fale, o que importa é que a mensagem seja entendida" - com os efeitos devastadores em nossa língua portuguesa, tão rica e comunicadora.

Essa foi a principal doutrina a que o "nove dedos" et caterva se apegaram, pela comodidade da desnecessidade de enfrentamento, e pelo efeito deletério profundíssimo que poderia causar (e causou!) na sociedade brasileira.

Mas não foram somente os políticos os gestores do caos sócio-econômico em que nos encontramos.

Em segundo lugar, a mídia, especialmente a televisiva, subordinada à classe política, sendo financiada inclusive pela própria, iniciaria processo deletério de nossas famílias, que foram sutilmente sendo empurradas para o afrouxamento de costumes, para o separatismo familiar, para a degeneração de conceitos tão essenciais a uma sociedade, como, por exemplo, a disciplina, o respeito às instituições (aí incluído o aparato de segurança pública - quem ainda não viu alguém se referindo a policiais como "porcos"?).

Algo prosaico, interessante e preocupante, ao mesmo tempo... algumas instituições pretensamente defensoras da família, como a CNBB, OAB, e outras siglas, alegremente aderiram ao "quanto pior a família, melhor", na esteira de um "humanismo" malignamente configurado, inspirado ainda na cartilha libertária do Sr. Gramsci.

Nesse ponto, dirão que estou exagerando... pois bem, quem apresentou com todas as letras a banalização do distrato conjugal, o "justificável ofício" de traficante, a violência em família??? Tentem não lembrar de nada, relacionado à TELEVISÃO! Aliás, é surpreendente como nossas classes C, D e E são escravizadas pelas novelas de "realidade", e programas estupificantes como BBB, A Fazenda, e os de final de tarde de domingo.

(terei o máximo prazer em esclarecer sobre o que fazem, com seu tempo livre, os cidadãos de alguns países mais desenvolvidos que o nosso, JÁ VIVENDO NO PRIMEIRO MUNDO - nós não estamos...)

E, finalmente, nossa classe artística!!!!!!! Essa classe que confundem com intelectuais (que de intelectuais os há pouquíssimos) viu, no implemento da "nova ordem" social, no Brasil, a oportunidade de LUCRO.

Não por acaso estão agora muitos deles revoltadíssimos com os holofotes sobre a lei Rouanet!

E cabeças pensantes como Chico Buarque, Caetano Veloso, e tantos outros... Não me importa muito a verborragia do Sr. José de Abreu, ou da Letícia Sabatella, mas esses dois aí? Puxa, eles viveram, prosperaram e ganharam projeção DURANTE o governo militar - é só verificarem os registros do próprio Youtube, do final da década de 60, do século passado! Porque se manifestarem rebeldes com quem lhes propiciava o pão?

Ok, demonstraram simpatia pela esquerda, naqueles tempos,foram advertidos pelo governo militar, e sossegaram (só que não...)

Espero que entendam meu ponto de vista. Esse "amor" à causa socialista que muitos artistas esposam, é na verdade um verniz, para acobertar outros interesses. Interesses materiais, sem pudor algum.

Te amo, Brasil. Mas segurar a onda do "febeapá 2**" está sendo difícil...

*entre ao acaso num trem, pela manhã, no Japão ou nos Estados Unidos - verá pessoas se aculturando, politica, economica e socialmente - lendo jornais, livros... simples assim.
**Sigla imortalizada pelo cronista Stanislaw Ponte Preta.

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