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Mas então, na surdina, aproveitando-se o feriado prolongado, o presidente da Camara dos Deputados, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN, lembrem-se desse nome!!!!), decidiu revogar ordenamento instituído no ano passado - 2012, pelo então presidente Marco Maia, que limitava o reembolso de despesas com atendimento médico.

Assim, não haverá limites para despesas que por acaso forem cometidas pelos integrantes da casa, junto a estabelecimentos/profissionais médicos.

Foi além, como se isso não fosse afronta suficiente. Determinou a retroatividade da medida, o que na prática equivale a levar algumas centenas de parlamentares a reverem suas contas anteriores, a débito do Erário.

A saúde dos Ilmos. parlamentares é importante.Naturalmente. Igualmente o é a saúde dos seus eleitores.

Aqui temos um primeiro conflito de interesses. Enquanto quinhentos e poucos eleitos têm despesas médicas indenizadas SEM LIMITE, milhões de eleitores têm que se arrebentar para conseguir migalhas de atendimento no SUS, em estabelecimentos "simulacro" de atendimento hospitalar. Vamos em frente...

Um segundo senão, a criticar na nova ordem instituída pelo Sr. Alves, é quanto ao que existia até então, decidido pelo presidente anterior da Casa, Sr. Marco Maia. Ora, ora, ora, será que o Sr. Marco Maia seria tão irresponsável, a ponto de propor algo inatingível?

Prossigamos. O Sr. Alves ponderou, em defesa de suas novas diretivas, que a verificação de cada caso gerava atrasos imensos, e para sua resolução, precisariam de ter mais mão de obra para manuseio dos documentos!!!!

O FIM DA PICADA.

O homem se elege com um discurso de austeridade, e uma de suas primeiras medidas é justamente abrir os cofres da Câmara, historicamente de difícil controle!!!!!

Sr. Henrique E. Alves, a posição defendida por V. Excia. é totalmente indefensável. Vejamos...

Primeiramente porque é imoral - nossos parlamentares já recebem generosa paga para seu sustento (e que sustento!!!), e nada mais natural de que, superado algum limite existente pelo preço do profissional (ou estabelecimento) de saúde escolhido pelo parlamentar, nada mais natural do que o beneficiário supra de "per si" a diferença!!! Imaginem se o homem vai buscar tratamento diferenciado, de ponta (nada contra, a saúde é fundamental) - nós, do povo, que sofremos nos balcões so SUS, VAMOS PAGAR A DIFERENÇA, EXCELÊNCIA?

Em segundo lugar, soa de um desrespeito absoluto, quase abominável, desdizer o que o ex-presidente fizera. Senhor presidente, estamos em momento de oferecer à população satisfação do que se faz na Casa. Essa brincadeira de desfazer o que foi feito antes cheira a "vendetta" política.

Finalmente, Sr. Presidente, a questão burocrática. Não tenho dúvida alguma em pontuar que a alocação de alguns abnegados "asspones" para fazer a conferência dos processos sairia muito mais em conta do que autorizar indistintamente as indenizações sem limite. Excelência, a Camara têm aproximadamente 600 assistentes administrativos, entre estáveis e não estáveis (que ganham a partir de R$ 10.000,00/mes)!!!! Uma meia dúzia desses servidores abnegados com toda a certeza resolveria o "imbrógliio".

Vê, Excelência, que demonstração de descaso V. Sa. ofereceu, em relação à nossa gente sofrida?

O Sr, austero? Está brincando, Excelência. Talvez no âmbito familiar, mas na presidência da Camara está demonstrando, por esse e outras medidas, que é na verdade UM PERDULÁRIO - claro, com os recursos alheios, no caso, os pertencentes a todo o povo brasileiro...

EU NÃO VOTO PELA REELEIÇÃO DE HENRIQUE EDUARDO ALVES (de jeito nenhum, e graças a Deus não voto no estado do homem)! Será que os eleitores do Rio Grande do Norte, aquele outro estado da Federação, deixado às traças por seus eleitos - VÃO VOTAR NELE? DUVIDO!



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