A JUSTIÇA, SEUS EXATORES... E O PODER DO DINHEIRO

Em 27.07.2012 minha crônica versou sobre o trágico acidente no qual o filho do empresário Eike Batista, Thor, colhera um ciclista, numa rodovia do interior do Rio de Janeiro, com morte do acidentado. Acidente testemunhado, do qual também resultara um estrago considerável no Mercedes McLaren que o jovem conduzia. Vistos e relatados, etc... (como dizem os despachos do juízo).

Naquela ocasião, logo após o infortúnio, alguns fatos estranhos já se ventilavam, como por exemplo que o moço estava guiando seu "possante" a baixa velocidade (como se isso fosse possível - combinar um carro possante com uma direção jovem e o resultado ser baixa velocidade!), que o ciclista invadira a pista, etc e tal...

Claro... poderosos recebem tratamento diferente da Justiça - que, como todos sabemos, é cega, já se vê... o jovem infrator teve uma pequena série de favorecimentos, dentre os quais a liberação da licença para dirigir (CNH...

O trabalho cuidadoso da perícia concluiu em seu relatório que o jovem, que no momento do acidente estava em companhia de um amigo, conduzia o carro a velocidade bem acima do limite legal.

Cabe aqui relembrar que UM PÉ do infeliz ciclista fora decepado na pancada. Observem, foi decepado, não por arrastamento, mas por impacto, pelo que se soube. Imaginem a força desse impacto!

Bem, bem, bem... a última novidade é que o perito responsável pelo laudo correspondente será afastado das investigações... de acordo com a Dra. Daniela Barbosa Assumpção de Souza, da 2a. Vara Criminal de Caxias, R.J., o funcionário público, Sr. Hélio Martins Júnior, não deverá mais manifestar-se nos autos.

Pudera... esse profissional, que com toda a certeza se preparou para exercer seu mister... cometeu o deslize de estabelecer que a velocidade praticada era superior à admitida!!!!! Cometeu o deslize de demonstrar que uma ilegalidade acontecera, anterior ao acidente!!!!! Ora, ora, ora, Sr. Hélio!

Claro que que certamente já atuara em outras ocorrências de natureza semelhante, mas exatamente no caso relatado é que demonstra sua inépcia!!!!! Será possível?

Pessoas, o moço pode ter sido extremamente infeliz, ao causar o acidente. Pouco depois, demonstraria sua boa índole, ao estender aos familiares do falecido algumas benesses.

Mas, a verdade precisa ser estabelecida. Nem a absolvição do moço (até onde posso ver, descabida), nem sua condenação trarão o morto de volta. Então, o que rola?

Dra. Daniela, me parece que em novo lance de infelicidade extraordinária, V. Excia. pune (por tabela, claro), o perito, Sr. Hélio, e "coloca panos quentes", nas costas do herdeiro milionário do Sr. Eike Batista.

Agora, falta pouco para que o defunto seja considerado culpado de tudo. Ou melhor, aquele pé extirpado deverá sofrer as penalidades da Lei. Ele estava no lugar errado, na hora errada, na frente da pessoa errada...

Brasil... essa tua tal Justiça (que eu prezo, não por acaso cursei Direito!) muitas vezes me enjoa, por essa falsa 'cegueira' que demonstra.


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