COMO DESATAR O NÓ?

O Dr. "Kakay" pretende obstaculizar os feitos de justiça contra seu cliente, um conhecido senador, objetando que a escuta de suas conversas não fora autorizada pelo STF, que é o órgão competente para conduzir procedimentos da espécie contra senadores da Re(s)pública.

"Latu sensu" o eminente jurista está certo, de acordo com as disposições da letra da lei a respeito.

Existe, todavia, um "pequeno" detalhe, que o causídico olvidara. Uma conversa telefônica não é monólogo, o digno senador estava conversando com outra pessoa. E é precisamente esse detalhe que ata um nó górdio na questão. Vamos aprofundar a questão - imaginem se o Sr. Torres estivesse conversando com um assassino de aluguel, tramando a morte de alguém? Como fica a coisa?

Ninguém estava em princípio querendo espionar o Sr. Demóstenes Torres. Acontece que o velho brocardo "diz-me com quem andas (ou conversas, eu diria) e te direi quem és" se fez verdade.

Dr. Kakay, eu acho que conceder o petitório de V.Sa. é no mínimo vergonhoso para a corte. Soa como um protecionismo deslavado. Acontece que casualmente o senador estava nas ligações erradas, na hora errada. Simples assim.

O STF não tem meninos em sua constituição. Legislar de maneira desigual para os dois interlocutores é vil. E vai terminar por significar a liberação do Sr. Cascata (ou Cachoeira, sei lá) das acusações que sobre si pesam, porque a destituição da prova não pode ser parcial. SOA RIDÍCULO.


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