QUEM ESTAMOS MATANDO HOJE?

Tive acesso a um blog interessante, cujo título é "Quem a Homofobia Matou Hoje?".

O trabalho pretende fazer uma defesa ampla das minorias GLBT, e pressiona inclusive por medidas enérgicas, como por exemplo o PEC 122, de amplo conhecimento já, de nossa sociedade.

Meus irmãos, É ÓBVIO que me sensibilizam mortes de pessoas por motivações homofóbicas. Eu seria tudo, menos ser humano, se desprezasse o sofrimento de quem apenas decide viver de acordo com suas escolhas (não vou debater aqui o mérito da coisa).

Mas o que estamos na verdade matando, TODOS NÓS, é a essência da democracia - a liberdade, casada com respeito mútuo. E o morticínio precisa mesmo acabar.

Pelo bem da tentativa de imparcialidade, preciso conjecturar que enquanto se falam em mortes por homofobia (algo abominável, sob todos os aspectos), há proporções ainda maiores de crimes contra a infância (físicos ou ideológicos), contra nossas sofridas mulheres brasileiras, contra os negros, contra os despossuídos dessa terra...

Quero dizer, meus caros, que focar a coisa tão somente nos resultados da homofobia é ser limitado, é ser pequeno, é ser segregante a um extremo absoluto.

Vejamos. Em que países temos leis SEQUER parecidas com o PLC 122? Será que os E.U.A., a Inglaterra, França ou Alemanha não se melindram das mesmas aflições que nossos irmãos GLBT sofrem por aqui? Preciso saber com que força essas outras sociedades, pretensamente mais esclarecidas que a nossa se imiscuem em temáticas privadas como, por exemplo, os rituais religiosos.

Antes que me venham com paus e pedras, outro questionamento - alguém já fez estatística de como eram essas violências, antes (por exemplo) da explosão de movimentos libertários? Eu coloco isso porque hoje em dia, ao invés de se negociar tolerância e convivência pura e simplesmente (como em muitos países lá fora, volto a colocar), o que temos hoje em dia é assédio indiscriminado, sob a ótica de que ao invés de conviver e tolerar meus semelhantes (com direito a criticar, putz! eu sou livre ou não?) eu preciso ENGOLIR - e aí de mim se disser algo contrário.

Uma sociedade será realmente desenvolvida (a nossa não é, e em muitos outros países pujantes por aí igualmente não) quando as pessoas se aceitarem por quem sejam, nào pela medida de lei. Por que isso produz castas, ou classes de cidadãos. Isso não é democracia.

Por outro lado, para ponderação... escolher um estilo de vida ou definir uma linha de conduta traz consigo os bonus (satisfação pessoal, social, realização profissional, por aí vai) e ônus (estranheza de outras mentes, eventual distanciamento desse ou daquele grupo). ISSO SEMPRE ACONTECEU, podem olhar para a Grécia antiga.

Claro, a violência NÃO PODE SER TOLERADA (para isso temos um Código Penal que, se é de alguma forma obsoleto, é menos efetivo por culpa de nós mesmos, que somos os campeões em torcer a lei!). Mas não pode ser tampouco tolerada a violência ideológica de que EU (ou quem quer que seja) NÃO TENHA DIREITO À CRÍTICA, não tenha direito a minhas escolhas, não tenha direito a ter meus amigos (sejam de que orientação sócio/cultural/sexual/religiosa forem).

Brasil, pátria amada, onde as pessoas teimam em em navegar contra a corrente, e buscar segregações... te amo mesmo assim...

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