E então, ao abrir a página do site de notícias que sempre confiro, me deparo com uma moça, uma dessas cantoras da moda - rebatendo uma "seguidora" (isso não lhes parece meio religioso, meio esotérico?) que atribuíra, de modo irônico, a fama da moça à aparência
A coisa não para por aí. Alguma gaiata questiona "Virou crime ser gostosa?"
Cansei de ler esse conteúdo ridículo, sem finalidade alguma.
Mas agora, pensemos... a moça se apresenta como cantora e compositora, dizem que é autora de algumas dezenas de peças musicais. Então, a moça é MÚSICA e COMPOSITORA.
O que tem a bunda da pessoa a ver com isso?
Em meu último contato com essa matéria de "importância nacional"(arghhhh), tive a impressão de ver uma capa de CD mostrando a comentada pessoa, numa roupa sumaríssima, empinando o objeto da celeuma (no caso, seu "derrière")...
Nossa sociedade está passando por um momento muito difícil.
Muitos professores não têm capacidade magistral, ou não sabem transmitir o saber. Ou, então, estão amordaçadas por um curso estranhíssimo, chamado "pedagogia" - claro, alguém vai subir nas tamancas por minha definição, mas preciso pontuar que todos os meus professores de nível primário ou médio não precisaram me repassar a cultura que sigo incrementando. Então, vamos lá... qual a finalidade MESMO, dessa tal pedagogia?
A classe artística... ah, a classe artística! Salvo algumas honrosas exceções que realmente escasseiam, têm comunicação sofrível (por exemplo, usam dentre outros, o recurso "... tipo assim...", ou então "gratidão", de modo inteiramente despropositado)... Não conseguem digitar um texto sério INTEIRO, espero que compreendam meu desconforto. Tatuam-se a torto e a direito, inclusive em partes do corpo que não se presume sejam "mostráveis" (o entorno do ânus, por exemplo). Se vestem de modo espalhafatoso, com despojamentos esquisitos, com roupas que mostram mais do que cobrem... se deliciam quando seus nomes aparecem atrelados a rebeldias, usam e abusam do chulo, do pornográfico, do ofensivo - e o fazem sob justificativas pífias, como por exemplo "a sociedade precisa acordar..."
Profissionais liberais... aí encontraremos médicos que são excelentes fazendeiros, advogados que são políticos de escol, juízes que são advogados (alguém lembrou do STF? Porque será?), policiais com inclinação para agentes de segurança, políticos que se consideram marajás... governadores e prefeitos que se consideram deuses...
As pessoas confessam sua fé, e lhe aplicam o rótulo "moderno". O que seria uma "fé" moderna? Aproveitando o gancho, e me referindo aos cristãos, há um Deus "moderno"?
A sociedade humana está se "deseducando" pouco a pouco, e a brasileira está um pouco mais afoita, ligeiramente adiante... as gerações estão se tornando grosseiras, descuidadas dos próprios limites de moral,
Nasci num contexto social "pacificado" - digamos assim, pelo hemisfério ocidental, onde existiam operários, estudantes, cientistas, comunicadores, sacerdotes... onde as pessoas batalhavam para alcançar seus alvos, onde políticos faziam política...
Havia corrupção? Claro! Desvios morais? Sim. Criminalidade? Idem. Mas não há paralelo com o que temos hoje em dia. O que era excepcional, e normalmente assombrava a sociedade, ou causava repugna pela vileza, maldade ou desonestidade hoje em dia é não somente aceito com naturalidade, como - e aqui as coisas se complicam sobremodo - também se incentivam algumas práticas deletérias, sob o mantra terrível de que a liberdade deve ser plena para o que der na telha de alguém.
Aos ignóbeis (quase maioria, nas novas gerações) não foi ensinado que LIBERDADE TEM PREÇO. Que para a sociedade prosseguir evoluindo são necessários freios e contrapesos, de molde a se manter estável o suporte para que as pessoas prossigam nas suas vidas, se desviando do que considerem mal, buscando o que considerem bem, e RESPEITANDO SEMPRE o que que fora construído, não só como exemplo, como para alerta do que não se pode fazer. Destarte, a herança das gerações anteriores tem seu lugar fundamental.
Sinceramente, tenho andado preocupado com a humanidade.
