ANIMAIS SOCIAIS E SEUS ATOS ANIMALESCOS

O velho Aristóteles, do alto de suas ponderações sobre a existência humana, pontuara que "o homem é um animal social".

Bem, bem... o sábio fizera essa colocação em benefício da idéia de que o gênero humano buscava sempre a associação, a vida em grupos, o hábito gregário, e que por essa tendência constituiria as greis, e essas desenbocavam nas "pólis", e por aí vai.

Mercê da relativização das liberdades individuais (ou seu significado levadoa limites extremos), tem-se que hoje em dia tudo é possível. Prova disso são as hordas de jovens/adolescentes incultos, ignorantes, estúpidos mesmo, que as escolas brasileiras despejam todos os anos no caudal social. E aqueles raros, esparsos exemplos que ousam não se moldar ao figurino dos tempos modernos, são rotulados de caretas (se respeitam mais velhos, por exemplo), CDF (se resolvem estudar para passar, ao invés da horrorosa instituição "aprovação automática), etc e tal...

Me deparo, nessa manhã luminosa de domingo calorento, com a notícia de que manifestantes estão protestando na Índia, depois de uma jovem de 23 anos ser estuprada, repetidas vezes, por seis homens, dentro de um onibus, e após isso jogada do veículo.

Órgão de análise dos crimes naquela nação longínqua reporta que uma mulher é vítima de violência a cada vinte minutos, por lá.

Aqui no Brasil a coisa não é muito diferente, não tenham dúvidas, meus irmãos e cunhadas. Por causa da estupidez do machismo, então, eu suspeito que tenhamos estatísticas ainda mais encorpadas e infames.

Notaram como o conceito "animal" da tese aristotélica aflora?

Sabem, pessoas, precisamos mudar nossa mente (grego metanoein), se quisermos MESMO que nossa sociedade sobreviva.

As pessoas precisam (re) aprender a se respeitar mutuamente. Precisamos, antes de acessar nossas liberdades, saber os limites da dita cuja. Algumas dicas vão aqui (espero que pelo menos 20 jovens as leiam, e passem adiante!):

- entender por exemplo que uma bela mulher, bem vestida (ou não) não é um objeto (pode até ser tua irmã, cara!);

- amadurecer que alguém com preferências afetivas diferentes das nossas não é criminoso;

- redescobrir a importância capital dos idosos para a sociedade, e respeitá-los;

- reconhecer que SÓ o conhecimento liberta MESMO. Que é estupidez ignorar o conhecimento (aliás, por essas e outras é que muitos postos de trabalho de categoria - no contexto nacional - estão sendo ocupados por estrangeiros, melhor preparados academicamente).

Essas medidas são necessárias, para que resgatemos o conceito de "social". Afinal de contas, como a palavra insinua, somos "sócios" num mesmo empreendimento.

NADA justifica a ignorância social. NADA justifica a violência. Sobretudo, NADA JUSTIFICA que nos transformemos em bestas (nem traumas psicológicos, podem escrever).

Quero o Brasil mudado. em todos os sentidos. E torço para que a mudança (que já está ocorrendo, certeza) se acentue em 2013.

QUE VENHA O ANO NOVO. ESPERO MANCHETES COM MENOS CORRUPÇÃO, MENOS VIOLÊNCIA, MENOS MENTIRAS PÚBLICAS...

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