AMPLIANDO O ESPAÇO PARA CABIDES

Em reta final de aprovação projeto de criação de (nova?) carreira de "analista executivo" para funcionar junto ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (é, concordo que o nome é pomposo - orçamento implica OBRIGATORIAMENTE planejamento e gestão... enfim...).

O impacto nas contas públicas será de algo em torno de 170 milhões, com a assunção dos novos servidores.

Como a "viúva" tem bastante recursos (nem precisa de nada mais para a Saúde nem Educação ou Segurança), deixemos de lado a questão orçamentária (ou seria planejamento? Ou seria gestão?)

Meu desconforto tem duas vertentes principais:

- será que não temos servidores suficientes, na máquina estatal, que pudessem ser remanejados para o dito cujo Ministério? Senhoras e senhores, temos, atualmente, trabalhando (faz-me rir, mas alguns trabalham, NEM TODOS) na Administração Federal, perto de 1.000.000 de pessoas, entre civis e militares. Será mesmo que não daria pra espremer uns 2.000 dessa massa, para servir de analistas ao MPOG?

- quanto tempo vai levar pra esses novos "barnabés" requererem isonomia salarial? Duvidam? Acontece que os analistas, por exemplo, do Judiciário percebem vencimentos superiores aos indicados... Acham mesmo que a turma "chegante" vai deixar barato? Nem precisa ser adivinho para imaginar advogados espertos já esfregando as mãos com a causa em rascunho...

D. Dilma Roussef, V.Excia. tem feito um governo de bom nível, dadas as dificuldades que historicamente estão atreladas ao Executivo. Mas, Excelência, essa nova carreira é no mínimo um descuido cruel, não só pelos precedentes que há de criar, como pelo desprezo em aproveitar quem já está dentro da máquina administrativa.

Não deixe isso ir avante, Sra. Presidente! R$ 171.000.000,00 serão melhor aplicados para consertar alguma coisinha da Educação, ou da Segurança... quem sabe da Saúde?

Apelo para o bom sizo de V. Excia.

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