A QUESTÃO PREVIDENCIÁRIA


E assim caminha a humanidade... (ao menos no Brasil) - Imagem "emprestada" do Instituto Liberal, por prosaico que possa parecer... (são a favor da Reforma em moldes ao menos parecidos aos da proposta atual...)


Muito se tem comentado, ultimamente, sobre a necessidade de se reformar (novamente) a estrutura previdenciária pública, no Brasil.

Natural, o debate sobre esse assunto. Afinal de contas, a inversão de papéis (de mantenedor a beneficiário), presente o fator idade, será fator compressor dos recursos - é mero exercício de aritmética, sua verificação, tendo-se presente a massa de "aposentandos" que temos no momento, versus a população laboral, que não cresce na mesma proporção - seja por absoluta falta de oportunidades (explico já), seja pelo surgimento de novas tecnologias, que demandam redução do trabalho, tal como o víamos há umas décadas atrás... exemplo disso são os bancos - quando iniciei minha "carreira" como bancário, no final da década de 70, trabalhava numa agência em que estavam lotados quase sessenta funcionários - hoje em dia, a mesma unidade bancária gere os negócios de sua clientela com algo em torno de doze (12) servidores. Imagina!!!!!

Por falta de oportunidades, identificaríamos os empreendimentos que poderiam muito bem ser implementados ou crescer, em solo brasileiro, mas a carga tributária altíssima - uma das mais altas do mundo, diga-se de passagem, desencoraja novos desbravadores, e os empresários já instalados estão constantemente buscando alternativas para reduzir seus quadros, mantendo produtividade... então...

Mas não se pode ter avaliação assim por demais simplista.

A massa de recursos amealhados a cada ano só faz aumentar, mercê das contribuições de todos nós, de tributos especificamente voltados para tal (como a CSLL, COFINS, PIS e outros penduricalhos tributários), das receitas com as loterias oficiais, as importações também produzem sua fatia, e por aí vai. Confiram o artigo 195, da Constituição Federal de 1988 (é, aquele livrinho chinfrim que nossos homens públicos fazem questão de retalhar a seu bel-prazer).

Em contrapartida, há participantes do butim, ah se existem!!!!! O governo federal, a pretexto de "desengessar" receitas com destinações específicas, morde alentados 30% (TRINTA POR CENTO) das receitas com destinações sociais ou econômicas, então...

Agora, considerem atentamente o cálculo simplista que lhes proponho a seguir:

Levando-se em conta a estimativa, ao final do ano passado, de 381 bilhões de reais em receitas sociais/previdenciárias... MASSSSSS... "aliviando-se" esse montante de 30% - algo em torno de 127 bilhões de reais... conseguimos chegar bem próximo ao déficit projetado de 181 bilhões!!!!!

NÃO É INTERESSANTE? O deficit é provocado em grande parte pelo exercício da DRU!!!!! (nada obstante a ponderação do Dr. Vitor Oliveira, cientista político, de que a desvinculação é necessária para que o governo tenha algum "oxigênio", para acorrer a despesas "satélite", digamos assim...*).

A diferença para o restante do déficit? SIMPLES - resultado puro e simples de má administração, e da ministração indiscriminada de propinas e benesses indevidas/não planejadas/forçadas pelos parlamentares...

Detalhe... as aposentadorias dos Srs. parlamentares federais vão muito bem obrigado, sem mudanças... Praticamente só daí, com o expurgo de benesses tão imorais quanto desnecessárias, se conseguiria recuperar o restante do pretenso "deficit"... me corrijam...

Que a Previdência precisa ser repensada, Ok. MAS NÃO COMO ESTÁ SENDO EMPURRADO GOELA ABAIXO DE NOSSA GENTE. ISSO NÃO!

*Uma pergunta para os "universitários" - se o orçamento, como está, engessado "em termos", porque não se rever sua distribuição, e se remanejar as coisas DE OUTRO LUGAR QUE NÃO A PREVIDÊNCIA? Porque, por exemplo, os bancos continuam lucrando com o mercado de títulos públicos (nossas taxas remuneratórias são razoavelmente encorpadas, em comparação, por exemplo, com o que se pratica nos E.U.A.)

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