O MITO FALA...


Avaliem essa matéria, de lavra do ilustre deputado, capitão Jair Bolsonaro, publicada na coluna "Opinião", do jornal "Folha de São Paulo", edição de 24.02.2000.

Guerrilheiro de festim


Não venham agora com lengalenga, querer contar lorotas na busca da compaixão e de votos



JAIR BOLSONARO

Retardei minha saída de casa no dia 27 de janeiro, já que o telejornal "Bom Dia Brasil" anunciava o nobre deputado José Genoino para uma entrevista já gravada. Quando esse espaço caro é ocupado por políticos, eles são ou governistas ou opositores que no passado eram conhecidos pelo jargão sindicalista como pelegos.
Não cabe a mim tecer comentários pelo fato de o ilustre petista começar dizendo que não acredita em Deus. É um direito dele falar. Tal afirmativa até se mostra como um ato de coragem, diante de um povo que não acredita em quase nada, a não ser em Deus.
Mas posar de herói durante a entrevista, pelo seu passado de pseudoguerrilheiro, agredindo o Exército brasileiro pela passagem no Araguaia, isso merece muitos reparos.
Genoino afirma que por dois anos pegou em armas, mas não disse o que fez nesse período. Desconheço que qualquer homem, "sem porte", tenha feito alguma ação social com um "trabuco" na mão. Seus colegas, no vale do rio Ribeira, em 1970, aprisionaram um jovem tenente da Força Pública de São Paulo, de apenas 22 anos de idade, de nome Alberto Mendes Júnior, e após mais de três dias de tortura executaram-no a golpes de paus e coronhadas de fuzil. Era o grupo de Lamarca, herói nacional na concepção de Genoino e do seu PT. Antes, alegaram os executores que invocaram o "tribunal de honra" para decidir a pena de morte por pauladas, pois até aquela data as execuções eram feitas por armas de fogo.
Esse fato, pouco explorado pela mídia, bem mostra quem eram os que queriam mudar o regime pela força.
Nosso guerrilheiro em questão foi preso armado com um revólver, no Araguaia, onde 16 militares foram mortos pelo grupo a que Genoino ia se integrar. Logo ninguém estava lá para brincadeiras, e cada prisioneiro feito pelo Exército tinha, como não podia ser diferente, o seu tratamento. Genoino, em especial, foi muito dócil desde o princípio. Nenhuma medida, além do diálogo, foi necessária para que toda a missão fosse por ele revelada, e, graças a Deus, tal episódio marcou o início do fim da guerrilha, pois as informações recebidas foram vitais para o desmantelamento de aparelhos da esquerda.
No artigo "A dor do passado" ("Tendências/Debates", 2/2), Genoino afirma que citou nomes de companheiros que, uma vez detidos, não comprometeriam a guerrilha, posando de "esperto" quando, na verdade, assumiu ser "mais ou menos" delator. Não foi preciso nenhum ato de força para tirar tudo do jovem que achava poder, pelas armas, comunizar o Brasil, a exemplo de Cuba.
Os leigos que desconhecem, mesmo em relatos, os horrores de uma guerra convencional estão longe de ter a noção do que seria uma guerra de guerrilhas, na qual os guerrilheiros, nas horas difíceis, quase sempre fazem de escudo a população inocente que dizem defender. A tortura é diferente do espancamento. A primeira, em todas as formas, tem sido sempre arma de guerra largamente utilizada em todos os conflitos havidos no mundo; ainda é assim e sempre será. Aquele que deflagrou a guerra suja, que torturou e executou, tem que aceitar o mesmo remédio, pois os termos do enfrentamento foram por ele lançados. Não venham agora com lengalenga, querer contar lorotas na busca da compaixão e de votos.
O Brasil não pode continuar sendo o único país no qual os derrotados é que passam a escrever a história, veiculando sua versão mentirosa sobre os fatos.
O verdadeiro guerreiro, como o tenente Alberto Mendes Júnior, mesmo torturado e covardemente executado, morreu com dignidade, lutando contra os seguidores de Cuba e da Albânia. Já os falantes guerrilheiros de festim do passado, hoje, estão muito bem, obrigado, e até choram copiosamente quando recebem um telefonema de um auto-exilado que, em cinco anos de governo, só desnacionalizou o Brasil e empobreceu o seu povo. Triste sorte a de um grande país em ser assim vendido e traído!
Nosso compromisso é com o Brasil, sua soberania e sua grandeza, e com o povo, seu bem-estar e a sua felicidade. Por isso lutamos com todo o rigor.


Jair Bolsonaro, 44, capitão da reserva do Exército, é deputado federal pelo PPB do Rio de Janeiro.

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