POBRES ACADÊMICOS!



O vídeo a seguir reporta o professor Eduardo Gualazzi, professor da faculdade de Direito da USP, num pronunciamento, que foi interrompido em seu nascedouro por manifestação de acadêmicos, com ostentação de dizeres "grafitados" em roupas/corpos, acionamento de bumbos, e exclamações de palavras de ordem.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/04/1435203-professor-de-direito-da-usp-trata-golpe-de-64-como-revolucao-leia-integra.shtml

É no mínimo prosaico o comportamento dos acadêmicos - por onde quer que se vá, no Brasil - dessa carreira, numa ostensiva demonstração (ou tentativa disso) de que podem, devem, e fazem/farão oposição (pretensamente dentro da Lei), daquilo que lhes reprima ou ofenda, minimamente.

A coisa engraçada é que ninguém olha esse comportamento do ponto de vista da decência, da ordem, do interesse da sociedade organizada. E então, vão se permitindo excessos que vez por outra terminam em pancadaria - e dá-lhe rábulas enfatuados partindo em busca da reparação permitida em Lei.

Me permitam ponderar, em paralelo, que ensino superior não representa necessariamente educação, como já se vê. Ademais, um lente com décadas de magistério deveria ao menos ser tratado com respeito, com a deferência de receptáculo de saber, que em outras eras acontecia no Brasil, e em algumas "ilhas" de educação social (Japão, por exemplo), ainda estão em uso. Mas aqui, como dizem os "lorpas e pascácios", é Brasil. Toda falta de educação será tolerada, especialmente se vier de um bando de energúmenos, ciosos de sua condição de "acima da lei", alienados desde o ventre materno, sem consciência social absolutamente.

Meus irmãos, é insuportável se ver cabeças, que possivelmente hão de decidir o futuro da nação, tenham comportamento tão malcriado, sem senso de oportunidade nem decência!!!! Me perdoem o desabafo. Sou de um tempo em que cabelos brancos mereciam respeito.

Mas vou além. O que será exatamente que aqueles jovens desengonçados e vociferantes sabem a respeito do episódio de 64? Ademais, porque não ouvir o respeitável mestre, ANTES de lhe contrapor raciocínios que, talvez, fossem mais convincentes e melhor fundamentados, do que a balbúrdia que se viu?

Nossa sociedade tem um desafio cruel - o de conhecer-se a si mesma. De modo quase geral, somos ignorantes de nossas origens, ignoramos os processos que nos trouxeram relativamente a salvo até aqui, socialmente falando, e também do ponto de vista de cidadãos. Nâo temos identidade nacionalista (como aquelas iniciativas que muita gente acha exagero, em outros países, como cantar COM EMOÇÃO o hino nacional, ter bandeira do país na fachada...).

Tenho certeza absoluta de que aqueles meninos e meninas sem noção nasceram muito depois da intervenção militar (nem golpe, nem revolução, atentem para o detalhe). Não sabem das motivações, ou se sabem, o souberam de fonte corrompida.

De toda maneira, é gente que precisa mesmo passar por mais uns bancos escolares. Quando nada mais fosse objetável, se o pronunciamento fosse mesmo condenável, o mínimo admissível seria aguardar o mestre terminar, e aí então propor as objeções.

BALBÚRDIA NÃO CONSTRÓI. No máximo provoca a instintiva, imbecil, força primal que todos nós temos dentro de nós. Quem não respeita não merece, e costumeiramente não será respeitado.

Brasil... te amo, mas teu povo é tão "deseducado"! Nem acadêmicos escapam!!!

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