RIVA RIVALIZA COM RIVAIS

Fresquíssima a notícia de que um magistrado lá no MT proibira alguns blogueiros de emitir comentários contra um tal de Sr. José Geraldo Riva (PP), sob a explanação de que ele estaria sendo imputado de ilícitos cujas sentenças não transitaram ainda em julgado, e/ou das quais ainda cabe recurso. Isso é sério, acusações sobre coisas ainda não comprovadas/decididas.


Mas, meus irmãos, as coisas não se fazem assim. Como a imprensa de modo geral - que se pretende informe o público, e os blogueiros em particular - é pura e simples emissão de juízo de valor, e isso é livre - como esses dois aparatos informativos poderiam ser obstados por mera penada sentencial?


Não penso em excesso do juízo. Antes, considero que alguém que tenha sobre si 92 AÇÕES - algumas delas por improbidade administrativa, outras por ligação com o crime organizado, e outros títulos dos códigos legais - não é exatamente um santo, concordam? E ao estender sobre ele o socorro legal, penso que o Judiciário se deslustra, se suja.


Claro que a Lei está para proteger o Direito dos cidadãos. Mas há cidadãos que já superaram de longe o direito de ter essa proteção, porque deliberadamente se dispuseram a incorrer nas ilicitudes da vida, como é o caso aqui. E para os quais seriam aplicáveis os RIGORES da Lei, não os FAVORES dela.


Dr. Sakamoto, me imagino fora do alcance da respeitável sentença. Por outro lado, não tendo como pagar R$ 1.000,00 por dia (sequer por mes!), isso encareço de V.Excia. o beneplácito de somente considerar o que coloquei aqui, sem "animus puniendi", e com espírito desarmado. É uma tristeza, mas a Lei que respeito e tento cumprir tem andado muito protetiva de pessoas que sugam o Erário, que deixam nossa gente às traças, que zombam dos institutos da Pátria, como penso seja o que ocorre aqui, quando alguém sobejamente apontado como delinquente corre ao amparo legal, nem que para isso precise se valer de sua posição de político.



Bom dia!

MORAL DOS IMORAIS

E amanhecemos nessa segunda, 09.11.2009, com a notícia, via televisiva, de que os Exmos. senadores foram filmados marcando presença no local de trabalho (supposed, como diriam os americanos) para logo em seguida - vale dizer, meia hora depois, na média dos casos registrados - se apresentarem no aeroporto brasiliense, para retornarem guapos ao convívio de suas famílias, ou outros negócios mais importantes do que os da Pátria ("que se dane a Pátria, uai! Não sou escravo!"). De passagem, o dia dessas estripulias era uma QUINTA-FEIRA, n"ao estamos falando de sextas...

Bem, bem, bem... os culpados desses safados (com raríssimas exceções, é preciso ressaltar) estarem lá, leitores, caríssimos, são vocês (porque não eu? Passara os últimos quase 8 anos ralando em terras alheias, para cuidar de minha família!). Então, choremos menos. Mas desse pecado eu não morro...

Porque, vejam só, meus irmãos - os meninos levados chegam em Brasília na terça, trabalham na quarta, e retornam a seus covis - ops... lares, na quinta. E isso naturalmente percebendo aquelas módicas remunerações que todos sabemos!

Alguns dos egrégios crápulas ainda se defende "mas eu também trabalho lá na base!", e "os senadores americanos têm mais regalias ainda!".

Vamos por partes... trabalhar na base os ilustres senadores podem fazer na segunda, na sexta, e nos finais de semana, afinal trabalhar um ou outro final de semana de graça não vai matar quem ganha extras prá ficar em Brasília, quando a coisa aperta (sabiam que eles ganham extras quando trabalham nos finais de semana? E tem gente que sente pena deles!!!!!).

Depois... comparar nosso Senado com o americano é uma brincadeira. Pela décima parte do que fazem aqui os ilustres representantes americanos podem ir prá cadeia. Então, podemos mesmo traçar comparações? Outra coisa, o processo eleitoral americano deixa de fora alguns pilantras que pululam aqui, gente com histórico obscuro, com problemas familiares... Vamos comparar mesmo?

Meus irmãos brasileiros, VAMOS COBRAR DAQUELES MOLEQUES MAIS RESPONSABILIDADE - O DINHEIRO QUE OS PAGA SAI DO NOSSO BOLSO!